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Mostrando postagens de junho, 2010

Me perdoem

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Nem tudo que digo nem tudo que faço vêm do que sou, tropeço em meio as palavras e sinto sufocar o peito, não gritei, não chorei, mas senti. Eu sou como a garça triste Que mora à beira do rio,  As orvalhadas da noite  Me fazem tremer de frio.  Como os juncos da lagoa;  Feliz da araponga errante Que é livre, que livre voa.  Para as bandas do seu ninho,  E nas braúnas à tarde  Canta longe do caminho.  Por onde o vaqueiro trilha,  Se quer descansar as asas  Tem a palmeira, a baunilha, Tem o brejo, a lavadeira, Tem as campinas, as flores, Tem a relva, a trepadeira, Todas têm os seus amores, Eu não tenho mãe nem filhos,  Nem irmão, nem lar, nem flores. Não estou voltando ainda, apenas matando a saudade...