Para os filhos que não respeitam suas mães...

O AMOR, A CRIANÇA E A GUERRA

Autoria de LuDiasBH
menina e o desenho
Esta menina perdeu a mãe na guerra.
No pátio do orfanato desenhou-a com giz.
Aconchegou-se num colo que não existe mais,
deixando fora as sandálias para respeitá-la, como
manda a cultura oriental ao se entrar num lugar santo.
(Explicação que acompanha o pps)
O mundo virtual traz-nos muitas coisas interessantes e outras nem tanto. Mas os pontos positivos superam em muito os negativos, quando mil caminhos desta nossa existência, ainda que efêmera, abrem-se à nossa frente e nos tornam parte deste planeta maravilhoso chamado Terra. Não digo “parte” pelo fato de estarmos aqui neste momento. Refiro-me a nos sentirmos integrados a ele, lutando para que se transforme num lugar sagrado, onde todos nos tornemos divinos, mas só depois de nos tornarmos realmente humanos.
Foi exatamente este mundo virtual que me trouxe a imagem tocante da garotinha que busca conforto junto ao corpo etéreo de sua mãe ausente. Mais do que isso, numa postura de feto, ela procura o útero que a agasalhou e a protegeu de todas as maldades do homem, que ainda não se tornou humano. Mas aquele lugarzinho ali é sem dúvida, divino, ainda que por um breve instante, até que ela se acorde para as cruezas que lhe traz o homem, na vida.
Eu odeio todos os tipos de guerra, sobretudo pelo sofrimento que impingem às crianças, esses serezinhos que mal começam a desabrochar para a vida. Nada pode ser mais cruel do que roubar de uma criança a sua mãe. Ela perde todo o contato consigo e com o mundo. Melhor seria que tivesse nascido para a vida num outro tempo, numa outra dimensão, numa outra esfera ou num outro planeta, quando e onde o homem tivesse se tornado humano na busca do divino.
Malditas sejam todas as guerras que existem.
Amaldiçoados sejam os que as promovem.
Precitos os que nada fazem para evitá-las.
Desgraçados vermes da maldade humana
que tornam nosso planeta tão triste.
E benditas sejam todas as crianças
deserdadas do amor – pelas guerras,
de ontem, de hoje e de amanhã,
quaisquer que seja elas.
“Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.” (Clarice Linspector)

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