Manhãs de Domingo

Santuário de Madre Danta Paulina em cidade de Nova Trento em SC
Desde de muito pequena eu gostava de ir à igreja...
Domingo é dia de ir à missa!
Me lembro a primeira vez que pus os pés em uma.
Foi na igreja Matriz aqui da minha cidade, fiquei fascinada por aquele mundo de músicas envolventes e um padre de voz grave e autoritária. Depois desse dia, mesmo quando minha mãe não me levava eu sempre dava um jeitinho de arranjar alguém que fosse comigo ou eu ia sozinha mesmo.
Meu coração de criança se enchia de alegria. E de lá eu voltava rezando e cantando tudo que havia aprendido. Fiz o catecismo, driblei as regras e crismei sem ser batizada. Isso eu não sou batizada, jamais fui, como toda boa cristã. Para mim bastava que eu me sentasse e ouvisse, tudo, tudinho novena, missa e cortejos. Eu simplesmente amava toda aquela atmosfera que para mim era purificação.
Passado um tempo, já na adolescência, frequentando o ginásio para minha tristeza vim à saber  por intermédios dos livros de história que num passado não muito distante minha raça, os negros eram proibidos de na igrejas pisarem.
Então minha fé esfriou, parei de uma hora pra outra toda minha alegria de entrar numa capelinha de madeira coberta de telhas e pintada à cal...
Eu não perdi minha fé, só deixei naquele momento de acreditar na igualdade.
Ao pisar no santuário toda aquela admiração veio à tona, estava a tanto tempo adormecida dentro de mim...
Ele é imenso, construído em cima de uma montanha, rodeado de vegetação nativa e um bondinho logo à frente. Lá tem a ossada do ante braço de Madre Paulina, além do nome de inúmeras seguidoras de seus ensinamentos.
Há uma mesinha de canto onde fazemos nossas orações e pedimos em nome de nossos familiares, eu pedi pelo meu filho, não custava nada, então fiz, pequei a caneta e escrevi...
Sai de lá feliz por ter me dado o prazer da escolha, eu podia ter me recusado à descer do ônibus pela segunda vez. Porque da primeira eu não tive vontade alguma.
Aprendi que para aceitar as coisas, devemos estar de coração limpo, nunca abandonei minha fé realmente. Tudo que me foi ensinado passei para meus filhos e hoje passo para minha netinha.
A religião para os que acreditam é algo muito sublime, passo horas conversando com as Testemunhas de Jeová quando por minha casa passam.
A questão a que refiro não é acreditar ou deixar de crer é aceitar todas as formas de devoção.
Não sou católica nem evangélica, somente admiro e aceito.
 Aquilo que um dia me motivou e me motiva até hoje em acreditar que existe algo maior entre o céu e a terra.

Bom domingo meus amigos! 
Maquete de todo o Santuário
Restos mortais da Madre Paulina
Nome de seus seguidores
Imagem do Altar da Madre Paulina


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