Não escrevo tanto quanto gostaria. Viajo mais, escrever e viajar me resumem. Quando perdi certos encantos somente estes me restaram, fui escrevendo e descobrindo em cada folha do meu caderno e cada trecho da estrada, paisagens nunca vistas e sonhos à realizar. Pareço criança a cada nova viagem, preparo as malas e parto rumo ao novo mundo a ser desbravado. A cada passo que dou, um leve suspiro deixo escapar lentamente. Ah! Se não fossem os meus velhos livros e meus antigos roteiros. A vida seria vazia e sem encantos. As montanhas verdes marejam meus olhos sonhadores. A maresia enche meus pulmões virgens de sais e nostalgias. Meu caminhar é lento e pensativo, gosto de cismar, de cantar e rimar. Enfim gosto de quase tudo que me faça sonhar!