“Eu sou como a garça triste Que mora à beira do rio, As orvalhadas da noite Me fazem tremer de frio. Me fazem tremer de frio, Como os juncos da lagoa; Feliz da araponga errante Que é livre e que livre voa. Que é livre e que livre voa Para as bandas do seu ninho, E nas braúnas à tarde Canta longe do caminho. Canta longe do caminho. Por onde o vaqueiro trilha, Se quer descansar as asas Tem a palmeira, a baunilha. Tem a palmeira, a baunilha. Tem o brejo, a lavadeira, Tem as campinas, as flores, Tem a relva, a trepadeira. Tem a relva, a trepadeira. Todas têm os seus amores, Eu não tenho mãe, nem filhos Nem irmãos, nem lar, nem flores." Eu não tenho nada...