...ele esta presente em tudo, em nossas confusões mentais.
Ri de nossas crenças, convida nossos demônios para dançar, cospe no que acreditamos e aceita ironicamente entre aspas o "acaso". Se eu tivesse no patamar dos grandes eu o descreveria como um rapaz eunuco de duas cabeças, cuja uma delas não tivesse olhos e a outra embora enxergasse estivesse vendada. Sobre um vulcão supostamente extinto ele caminha sobre uma corda bamba, no céu há nuvens escuros e raios amedrontadores. Lá em baixo há um pelotão de fuzilante sem vestes. E ele caminha de encontro ao nada, gargalhando e rindo de nossa ineficaz ignorância de sonhos, nada é palpável a não ser a palavra escrita. No final da travessia ele pula de braços abertos rumo ao nada abismal e pendurada a corda permanece a cabeça que nada via com um clarão que saem dos buracos onde deveriam haver os seus olhos. Brilhando feito dois faroletes incandescentes para a humanidade. A libertação é muda e o presente é um eterno sofrer. Cioran detinha uma das chaves para os portais do inferno real e invisível...
O auto clero o descreveria um anjo caído se pudessem. 
Se já não o fizeram.



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